Segredos

(letra de música de Chico de Abreu)

Eu não guardo segredo

Não empresto meus dedos

Não sou feito de aço

Eu só quero um abraço

Não me conte lamento

Nenhum sofrimento

Coisa triste ou fofoca

Que venha meu corpo desequilibrar

Sou cabra-da-peste

Do sertão trago a rima

Tapioca de côco, Pirão , Vatapá

Mas não pise em meu calo

Nem me fale de intriga

Que não sou delegado e não vou lhe jugar

...

L(EU)

L(EU)

Eu que esqueci meu nome

Que abandonei as horas

Que omiti a fome

que supri o medo

Eu que estanquei meu sangue

Que atravessei noites convulsas

Com meu olhar conversível

No palpitar dos meus anseios

Eu que quebrei o espelho

Que me tranquei do lado de fora

Eu que esbarrei na Cleopatra

Que fui vítima de homeopatia

Eu que escrevi em versos

Que Surtei meus sonhos

Ali alienado aliênigena

Supondo ser seu e pronto

Amor Borrado

Eu vou te descobrir no fundo da tua alma
Onde o publico bate palma quando quer chorar Atrapalhar teu ato quando você for se maquiar Quando você se for
E quando você chegar
O nosso Amor borrado
Das tuas Burradas
Dos meus nados nagua
Mergulhos num mar sem fim

BEN-HUR

DIAS QUENTES, ACIDENTES E EU SIGO CONTENTE

O PERCURSO DE TODOS OS DIAS

VENDO A VIDA DO OLHAR LATENTE

CEGANDO A NOSSA VISTA

EM NOITES DE LUA CHEIA

QUANDO A SOLIDÃO TRAFÉGA NA BATA DO MONGE

NA LATA DA MARGINAL

NO BRINCO DO RODOANEL

NO COLO DE UM ARRANHA CÉU

NO MEIO DA MULTIDÃO

NA TIMIDEZ DE MAIS DE UM MÊS PASSADO EM BRANCO

E NAS LUZES DE UM FAROL DA LUZ

NAS SOMBRAS DO TEU OLHAR

NOS GRITOS DE QUEM PASSAR

SEM O SOM DA TUA VOZ

NAS SOBRAS DA DUTRA

MANOBRAS BRUTAS

NÃO SEI NÃO TE PROCURAR

EM QUE MAIS ESQUINAS

NOUTRAS MENINAS

EM RUAS QUE SÃO MEU LAR

Blues-A nova era!

O ano começou, aos poucos fui vendo e sacando as sintônias,
aquela quarta parede no meio social atravancando a homogênidade;
Constratando com a nossa ingênuidade, nossa timidez de encarar as coisas com maturidade,
mas âmbas tem suas peculiaridades e talvez icógnitas ocultas para que possamos transitar mais seguros em nossos segredos, transeuntes mais ou menos permissivos...

Mas aí, o fator H , o W-Y-Z, o elemento transcendente, pós-trangressão mundana, mau olhado, "abiscinto para os nossos dias", poesia???Também!!!
Mas voltando ao "mas" do começo do parágrafo acima, foi ele, o danado de um blues que me fez erguer a cabeça até o céu, e me tornar soberano no meu cotidiano, noite e dia, no tédio da tarde,
aquilo que me arde por toda a parte, fazendo até as poeiras de baixo do meu tapete não me causarem alarde,
vírus de internet,
blefs,
gafs,
falta de grana,
tudo,
ele veio pra me trazer atona na nossa maratona artística, humana, "pisceudo-intelectual",
ele veio pra me encher de flores vermelhas no balanço da noite,
e até que ele chegue a todos eu fico fazendo dele meu FUguete,
me despenteio,
me naufrágo e anuncío o fim dos tempos para uma nova era
Pra nascer verão em nossa primavera!

O VINHO E A FRAMBOESA

Não deixe a vida passar

Não deixe o tempo parar

Prepare o jantar e a sobremesa

Não deixe a cereja faltar

Não deixe nós dois pra depois

Não deixe pra lá

A copa e o tapete da sala de estar

Não deixe o verão morrer

Não deixe o sofá a rede e a cama mofar

Não deixe o vinho e a framboesa
Não deixe o vinho e a framboesa
Não deixe o vinho e a framboesa
Não deixe o vinho e a framboesa

(abri uma exeção e coloquei aí uma das minhas letras de música, não se acostumem...)

Tempo Bom

Faz um tempinho não escrevo nada aqui
Faz tempo que não tenho vontade de vomitar, enjoo, sono, raiva, depressão...
Nada.Senti raiva essa semana, sai, senti sono , bebi um pouco senti enjoo, mas não vomitei, cheguei tomei um sorvete que estava no congelador e dormi.
Me recordo que a raiva foi tanta, que eu não entedia como podia sentir aquilo sendo vegetariano.
Raiva de ciúme.Mas ciúme tem proteína animal????
Bem de acordo com os ciêntistas...
O estranho é que depois que passou aquela raiva toda e me vi calmo, passaram alguns dias monótonos e senti falta dela de novo.Me refiro a raiva.
A raiva de ciúmes.Bem do que eu senti ciúmes???

Da maça argentina no super mercado
Do farol colorido que fica no alto
Da Avenida Paulista em dia de feriado
Do sapato caro do Roberto Carlos
Do cabelo pintado da Rita Lee

Mas a calça Lee do Léo, essa eu tenho mas não me faz a cabeça
Nem a coroa de frutas da Carmem Miranda
Nem a Conceição do Caubi
Nem o xantilee do Center 3
Nem o filme de ação das seções da tarde , da noite e da manhã
Nem o relógio da igreja da consolação

Alguém sabe que horas são???Algum comentário???Documentário???

Bem eu tenho.Assisti o documentario dos Titãs e achei do caralho.Se alguém não gostou, monta uma banda de rock e faz melhor, tenta gravar um vinil, que não é da sua época.
Tenta aparecer no circo que não é da sua época
Tenta correr em interlagos
Fórmula 1 e a antena ainda fica no telhado, lantejos, lampejos e um filme durante a chuva

"Chove chuva, chove sem parar!"

obs. faz um tempo bom em São Paulo!

A Carruagem

Nessa postagem lhe falo da minha coragem...
De dentro de uma carruagem paro a tua frente, a porta se abre e você me vê
Ou não me vê?
A corruagem é linda, dos anos trinta, você deseja entrar nela
Quando entra senta ao meu lado
Hora me vê, hora não me vê!
Percebe que estou nú, fica horrorizada, mas os cavalos vistosos lhe hipinotizam
Você se acostuma com o balanço da estrada, caminho de terra, frutas a sua frente
Chegamos a um rancho, moinhos de vento, lagos e lagoa
A tarde caindo num sol clarinho...
Tudo é tão intenso
Por fim você percebe que é tudo real, menos eu
Eu não estava na carruagem, nem no rancho
Eu era a única coisa que não existía.

Marina Lima

Últimamente não tenho conseguido passar meus dias sem ouvir Marina Lima um dia sequer, não só pela música, mas pelo timbre de voz, além de ser uma cantora que canta apaixonada...
Hoje descubri que ela nasceu no mesmo dia que minha mãe, 17 de setembro, ela é de 55, minha mãe é de 54.
Muito louco!Ainda me apaixono por alguém que nasceu no mesmo dia que eu...

Nada Por Mim

Marina Lima

Composição: Herbert Vianna/Paula Toller

Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse vá e eu não fui

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só prá agradar

Me diz até o que vestir
Com quem andar, onde ir
E não me pede prá voltar

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Eu

Um baú de cem anos
que a nossa frente o espelho traduz!

Poeiras no porão

A solidão do sotão

E no coração um buraco profundo

Um chão de pérolas imundo

E o nada ecoando num choro triste de bebê

rrre rrrrrrre     rrrre  rrrrre  ree reeeeeeeee

derrepente um susto e nada mais

Que se dane o resto

Sabe DEUS o que está acontecendo?
Alguma dona de casa sabe?Ah!Ninguém sabe, estamos nós nas cascatas de nossas parcialidades.
Alguns assinam revistas , jornais, viram internaltas até altas horas da noite.
Mas a lua tá sempre lá mudando de fase.E o Sol?Se cansa de nascer todos os dias?
Mês que entra é Carnaval, no Brésil inteiro.Mas os estrangeiros inda tem medo do terreiro.
O que sobrou da selva o povo não pode entrar.Mas mês que entra faço um rock novo e vou pro caranaval sambar.LEMBRO QUE QUANDO EU TOMEI MINHA VACINA FOI NO DIA DO DESFILE DE UMA ESCOLA DE SAMBA E LÀ MESMO ELES VACINAVAM AS CRIANÇAS.
Aí depois agente volta pro cotidiano paulistano querendo ser Frida Kalo, Monet, sei mais lá o que.
Se é miscelânea ou miscigenação.O que eu sei é que quero meu lugar no céu e pra isso vou fazer o Diabo e terei meu lugar no espaço, e ir e voltar por ele a hora que eu quiser, Capitão Sideral.
E que se dane o resto...